Número |
90 |
Aluno |
Mateus Henrique Gouveia |
Orientador |
Eduardo Martin Tarazona Santos |
Linha de Pesquisa |
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Título da defesa |
Origem e dinâmica da miscigenação nas Américas |
Número de páginas |
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Data da defesa |
09/12/2016 |
Local |
Bloco F2 sala 254 |
Horário |
09:00 |
Banca Examinadora |
Eduardo Martin Tarazona Santos - Orientador (UFMG) Sergio Pena (UFMG) Renan Pedra (UFMG) Rosangela Loschi (UFMG) Eduardo Franca Paiva (UFMG) |
Resumo |
As populações miscigenadas do continente americano foram formadas por três principais fontes ancestrais: Europeus, Africanos e Nativos Americanos. Estudar os componentes genéticos que formaram essas populações é importante para entender, além da história, a diversidade genética de cada população. Essa diversidade tem implicações diretas no padrão de manifestação de doenças e fenótipos importantes para a Saúde Pública e para a Epidemiologia. No entanto, a maior parte dos estudos acerca da origem e dinâmica da miscigenação nas Américas foi realizada com populações Norte-Americanas. Nesta tese, utilizamos um grande banco de dados genômicos composto por 6.487 indivíduos de três coortes de base populacional do projeto EPIGEN-Brasil. Além disso, por meio de colaboração com o Instituto de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e a Universidade da Pensilvânia (UPenn), formamos uma das mais amplas combinações de populações africanas e das américas estudadas até hoje. Os dados genômicos do EPIGEN nos permitiu elucidar aspectos das origens e a dinâmica da miscigenação no Brasil. Inferimos que: (1) a miscigenação europeia é mais recente no Sul e Sudeste do Brasil do que no Nordeste; (2) a baixa ancestralidade nativa americana nas diferentes regiões brasileiras (6-8%) foi introduzida logo após a colonização europeia e (3) a ancestralidade europeia no Sul e Sudeste do Brasil tem uma origem geograficamente mais ampla do que no Nordeste (onde é limitada à Península Ibérica). Além disso, ampliamos nosso entendimento acerca da diáspora africana por meio da detecção de dois clusters de ancestralidades genéticas africanas no Brasil: Não-Bantu/Oeste africano (mais evidente no Nordeste do Brasil e em afro-americanos) e Bantu/Leste africano (mais evidente no Sul e Sudeste do Brasil). Posteriormente, os dados do EPIGEN foram integrados aos dados de outras populações miscigenadas e uma grande referência de populações africanas. Esse novo banco de dados, está permitindo elucidar novos aspectos referentes à Diáspora Africana para o Brasil, Estados Unidos e outras populações latino-americanas. Especificamente, determinamos e quantificamos como quatro clusters de ancestralidades genéticas subcontinentais Africanas estão distribuídos nas Américas. Inferimos também, a dinâmica da miscigenação dos africanos, europeus e nativos americanos no contexto da Diáspora Africana. Finalmente, tendo em vista que os cromossomos de indivíduos miscigenados são mosaicos de fragmentos de ancestralidade e o tamanho desses fragmentos é informativo acerca da dinâmica da miscigenação, desenvolvemos e implementamos uma nova metodologia baseada em Approximate Bayesian Computation (ABC) e ancestralidade cromossômica que permite inferir a taxa de miscigenação de populações ancestrais em diferentes momentos no passado. |
Palavras-chave |
Ancestralidade, Miscigenação, , Diáspora Africana, Computação Bayesiana |
Tese no formato PDF |
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Ata da defesa no formato PDF |
Coordenação: Prof. Dr. Marcelo Rizzatti Luizon
Subcoordenação: Prof. Dr. Fabrício Rodrigues dos Santos
Secretária: